sábado, 17 de janeiro de 2015

Missionário Clezio Cesario , um instrumento de Deus de uma humildade sem igual, verdadeiramente provado e aprovado por Deus.











  Como surgiu a ideia e  o convite para ir a Moçambique?

 Sou presidente da - AJET- Associação da Juventude Evangélica de Timóteo, e no ano de 2013 fui desafiado a levar ao Rio de Janeiro, um grupo de jovens para evangelizar na copa do mundo. Um desafio em tanto, para um coração missionário. Rio de Janeiro receberia povos de todas as nações. Então aceite o desafio. Uma vez la. Viram nosso trabalho e nos convidaram para uma viagem a Moçambique para fazer um natal para crianças carentes.

Quais as dificuldades que você percebeu na Africa?
Bom, não posso generalizar. A África é muito grande, conheci parte de um dos vários países africanos. E um dos da África oriental, que sofre muita influencia do Oriente Médio.  Mas infraestrutura é apontada como uma das maiores necessidade desse continente. Acredito que muitos dos problemas de saúde, educação vêm dessa deficiência na infraestrutura no país. Falta rede de esgoto, água canalizada e de qualidade para uso, falta redes pluviais, o que faz com que haja proliferação de insetos e de germes e doenças endêmicas. São países de população grande e em constante crescimento, mesmo com grande índice de mortalidade infantil, há lugarejos, vilas e vielas crescendo e outros surgindo de maneira desordenada, sem muito controle do governo, portanto há uma grande dificuldade em se organizar e planejar um projeto de infraestrutura e colocar em pratica. Um pouco devido aos constante crescimento  demográfico e um pouco por causa de recursos e interesses políticos.


 Quais os principais apoiadores nessa viagem missionária?

Foi muito bom você perguntar isso. Deus nos surpreende a cada dia. Ele tem a capacidade de surpreender-nos de uma forma excepcional. Quando entramos num desafio desses, pensamos logo como vamos suprir as necessidades básicas para que a viagem aconteça e o alvo seja alcançado, porém nunca esquecemos que é pela fé e não por vista. De onde menos esperamos saíram recursos para essa viagem. Fui com um grupo de irmãos do Rio de Janeiro, éramos 12, dos quais só eu  de Minas Gerais.  La no Rio os irmãos se organizaram, fizeram barraquinhas, venderam água mineral nas portas das igrejas, camisas e sacolas promocionais, trufas etc. Além disso, eles foram a varias igrejas lançando desafio e levantando mantenedores (foi uma benção) a receptividade foi ótima. Daqui eu fiquei procurando levantar recursos sozinhos, junto a AJET – Associação da Juventude Evangélica de Timóteo, o Grupo Ide do Vale do Aço (um Grupo de missões daqui de Timóteo do qual faço parte) e algumas igrejas as quais  me propus expor o Projeto Moçambique. Bom, a Igreja Presbiteriana do Recanto Verde foi de uma importância indescritível para que eu conseguisse, foi la, a primeira igreja a acreditar no meu desafio e me convidar para pregar expondo o projeto. Agradeço ao Pastor Maurílio Dimas e a toda essa igreja, vocês são demais! Depois através do grupo Ide, recebi ajuda dos irmãos de varias denominações que viajam conosco nas nossas viagens missionárias. Alguns recursos vieram de alguns jovens da AJET, e numa de nossas viagens, Deus usou a Igreja Presbiteriana Renovada de Monte Formoso, que foi quem mais me abençoou. Gente que eu nem conhecia, onde fui para evangelizar. Recebi ajuda de irmãos de São Paulo, Rio, Mato Grosso, Rio das Ostras,Capelinha MG, Timóteo. Enfim, Deus levantou recursos usando pessoas que eu nem as conheço pessoalmente. Porque Deus é Deus. As vezes confiamos na força de nosso próprio braço, confiamos em nossas instituições, mas Deus não chamou instituição, temos que fazer como Sophia Mulher que disse: "Eu não tive um chamado, li uma ordem e obedeci"

Por volta de 1949 a missionária Sophia Müller acabou atravessando, sem saber, a fronteira entre Colômbia e Brasil em uma pequena e insegura embarcação.
O que parecia ser um erro de direção pelas águas perigosas dos rios Negro e Içana se tornou o caminho para um dos trabalhos missionários mais consistentes realizados na Amazônia Brasileira.
Esses fatos foram reconhecidos inclusive no meio secular. O foto jornalista Pedro Martinelli, em seu livro Amazônia: O Povo das Águas, diz que os indígenas do Alto Rio Negro e do rio Içana “têm título de eleitor e altíssimo índice de alfabetização em algumas aldeias chega a 95%”.
Chama a sua atenção o fato de as comunidades indígenas evangélicas serem muito organizadas e não sofrerem com o alcoolismo. Sophia Müller faleceu em 1997, na Venezuela, deixando milhares de indígenas convertidos nas etnias em que pregou o evangelho.
A presença evangélica é forte nesses lugares. Prova disso são as conferências que os pastores indígenas realizam de dois em dois meses, que duram cerca de uma semana e reúnem centenas de comunidades. Lá, eles cantam, dançam, estudam a Bíblia e contam testemunhos do cuidado de Deus.
 Quais as Principais necessidades do povo Africano?

De Deus, sem duvida, essa é a necessidade de todos nós. O povo Africano sofre com uma herança cultural e tradição mística. Umbanda, vudu, feitiçarias, crendices ainda imperam em muitas comunidades e distritos. Há ainda pactos e rituais de sacrifícios coisas horríveis que escravizam a mente de muitos daquele povo.


Quais os principais organizadores dessa viagem missionaria?

A Paz para todas as Nações, uma instituição sem fins lucrativos,de ação nacional e internacional com experiência de vários anos em Ajuda  Cristã Humanitária com prioridade em proclamar "O evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo.WWW.PAZPARAASNACOES.ORG.BR,Missionaria Isabel Ferreira se São Paulo, Rodrigo Las Casas, um jovem bancário, que serve ao Senhor na Igreja Assembleia de Deus de Campo Grande Rio de Janeiro e sua esposa Mauela Las Casas.

 O que as Igrejas e os lideres de Timóteo e demais regiões poderiam fazer para cooperar  nestas viagens missionárias?

Bom, o que posso dizer; Ser sensível a voz de Deus, e obedecer ao Ide do Senhor. A igreja hoje esta muito institucionalizada e ativista demais. Cheias de atividades, de programas, de estratégias humanas e pouco de Deus. Não precisamos andar muito para saltar aos nossos olhos convites para cultos da vitória, cultos jovens, festa da colheita, tardes das bênçãos, noites gospel`s, e por ai vai. Perderam o foco, largaram as escrituras, e vivem nas ondas dos momentos. O momento agora a moda é G 12, todo mundo corre pro G 12, agora é teologia da libertação, todos promovem cultos de libertação, tudo querendo um atalho. Não há atalho. Evangelho é renuncia. É compromisso. E o pior é que os lideres é quem andam disseminando isso. Por um lado, abrir uma igreja é muito fácil. Se dizer um pastor e conseguir seguidores também é. Estamos cheio de igrejas com lideranças que desconhecem a Deus. Homens e mulheres despreparados, sem nenhuma formação, sem nenhuma habilidade para empunhar a espada (a Palavra de Deus). Por outro lado, o academicismo exacerbado, um acumulo de sabedoria humana para decodificar a palavra de Deus sem nenhum óleo, sem nenhuma unção. Apenas conhecimento sem prática. Em uma falta tudo, e outra sobram vontade humana. Verdade é que quanto mais o homem estuda mais ele se acha independente de Deus, mais ele se acha detentor da verdade. Mas por outro lado um cego não pode guiar outro cego. Acredito que o que atrapalha os acadêmicos são suas presunções, seu ativismo, seu orgulho. Por exemplo, eu ao acho que eu precise passar por um banco de escola de nenhuma agencia missionária para fazer missões. Porém isso me custa o descrédito dessas instituições que só creem em instituições e pessoas formadas por uma instituição. Encontro muita dificuldade em fazer a obra de Deus com apoio dessas instituições.
Temos também de errado o querer separar o corpo da alma e do espírito.  Fomos chamados para pregar o Reino de Deus na terra. Acontece que a igreja, e principalmente a igreja evangélica protestante, anuncia o evangelho, a salvação em Cristo Jesus para uma vida vindoura sem se preocupar muito com a vida atual. Muitas vezes despedimos nossos irmãos carentes espiritual com uma farta comida espiritual mas não oferecemos nada para sua necessidade física. Quantos de nós cristãos evangélicos somos presos por defender a causa do órfão e da viúva? Ou por defenderem os direitos dos índios diante da grilagem de posseiros poderosos? Muita das vezes nos acovardamos, dizemos que não devemos temer aquele que pode matar somente o corpo mas sim aquele que pode mandar corpo alma e espírito para o fogo eterno mas agimos diferente. Tememos os homens e não a Deus. Ou amamos nossos recursos financeiros e não queremos reparti lós? Apegamos muito a nossos bens materiais e não conseguimos nos desprender deles.
 Aprendi que o crente ativista constrói torre de Babel e templos de Salomão e o crente ativo, Deus age através dele. Olha se há necessidade dessa ostentação. No Brasil construíram um templo que custou a cifra de R$ 680 (seiscentos e oitenta Milhões de reais) em Moçambique encontramos essa igreja  sem paredes sem piso sem nada mas com muito fervor e adoração a Deus. Tem algo de errado nesse tipo de evangelho não?

 Pode se afirmar que as igreja estão negligenciando missões nos dias atuais?

Acredito que a igreja perdeu o foco. A igreja, a Eklésia, significa: Chamada para fora. Porém ela esta cada vez mais para dentro. Cada vez mais familiar; cada vez mais círculos fechados de amigos, de vizinhos etc. Ensina se passos para ser feliz, para ser bem sucedido, para casar bem, para relacionar bem, para ser bom funcionário, etc coisas que é da competência de outras instituições tais como clinica de psicologia, terapia ocupacional e outras. Mas não se fala mais em JESUS, o cabeça, ou pelo menos quem deveria ser o cabeça da igreja. Isso anda acontecendo por causa do desespero de lideres que querem lotar seus lindos e suntuosos templos, gastaram muito com eles, querem quantidade e não a qualidade de vida que só o evangelho pode trazer. Não chega a ser uma negligencia, porque se negligencia aquilo que conhece, mas, sim uma ignorância, porque se desconhece, ignora.  Por outro lado há as que fazem isso de uma forma que funciona porem poderia ser aperfeiçoada. Por exemplo: Se uma igreja me envia para a Índia.  Sabemos que os indianos são politeístas, e que tem uma tradição cultural milenar. Eu passo anos la, a igreja me mantém com custos elevados por eu não ser culturalmente do local e ter minhas necessidades básicas culturais, envio relatórios constantes de conversões de indianos ao cristianismo mas, até que ponto esses indianos converteram mesmo ao cristianismo? Será que eles só não acrescentaram a sua fé mais um Deus? Ouvi num congresso, que o mais correto, e menos custoso, seria eu discipular um nativo até que ele compreenda o evangelho e possa dissemina ló na sua cultura. Discipular leva tempo. Jesus levou 3 anos para treinar 12 , um o traiu e o resto o negou. Estamos fazendo isso certo?  Todos nós deveríamos ir a África, quando se chega naquele país somos impactado, ai percebemos que todos nós, murmuramos tanto, reclamamos tanto. Aquele povo tão sofrido estampam um sorriso no rosto e uma alegria na adoração, que se pudessem passavam a noite toda cantando e louvando a Deus enquanto nós, em nossos cultos , podemos observar jovens e adolescentes assistindo ao culto como quem assisti a sessão da tarde em casa  ( sim porque eles quando muito assistem, não participam). Pessoas reclamando de horários, de tempo de pregação e de louvor, apressadas para irem embora para suas casas. Além disso, nossa ostentação, templos faraônicos e desperdício de dinheiro em luxo e extravagâncias gospel. Incluo-me nesse item, às vezes tenho tanto e ainda quero mais.  Estamos sempre querendo o ultimo lançamento do tênis da Nike, ou um terno novo para a próxima pregação.


Que tipo de evangelho temos vivido,que lição você trouce da Africa para o Brasil?

Todos nós deveríamos ir a África, quando se chega naquele país somos impactados pela alegria e a adoração daquele povo. Aquele povo tão sofrido estampam um sorriso no rosto e uma alegria na adoração, que se pudessem passavam a noite toda cantando e louvando a Deus. Enquanto nós, aqui no Brasil, em nossos cultos , podemos observar jovens e adolescentes assistindo ao culto como quem assisti a sessão da tarde em casa  ( sim porque eles quando muito assistem, não participam). Pessoas reclamando de horários, de tempo de pregação e de louvor, apressadas para irem embora para suas casas. Além disso, nossa ostentação, templos faraônicos e desperdício de dinheiro em luxo e extravagâncias gospel. Incluo-me nesse item, às vezes tenho tanto e ainda quero mais.  Estamos sempre querendo o ultimo lançamento do tênis da Nike, ou um terno novo para a próxima pregação. Percebemos que todos nós, murmuramos tanto, reclamamos tanto que nos esquecemos de valorizar aquilo que temos que tipo de evangelho temos vivido? Esse foi meu maior aprendizado na África. Aquele povo para quem achei que iria levar a alegria que só Deus pode nos dá, me mostrou na prática o que conhecemos muitas vezes só em teoria.

 Quais suas próximas agendas?

Bom, eu estarei indo agora nesse sábado dia 17 de janeiro para IPABA, com o Grupo Ide. Faremos impacto evangelístico ali no centro dessa cidade. Depois, como presidente da AJET- Associação da Juventude Evangélica de Timóteo, estarei responsável pela vinda da Cia de Teatro Jeová Nissi , aqui em Timóteo dia 23, 24 e 25 de janeiro. Nas Igrejas IBAM, IPRV e IPRCV respectivamente. Em fevereiro vamos pela AJET e Grupo Ide  integrar a equipe do Bloco “JESUS É BOM A BESSA”, Junto à JOCUM MG. Em março cumpro uma agenda pelas igrejas Batistas da região de Ubatuba, Areias, Campos do Jordão dentre outras.


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