terça-feira, 30 de abril de 2013

Blogueira compara “reteté” a rituais de umbanda e candomblé: “Espírito Santo não precisa ser invocado”; Leia na íntegra

Blogueira compara “reteté” a rituais de umbanda e candomblé: “Espírito Santo não precisa ser invocado”; Leia na íntegra
No meio pentecostal há uma prática comum popularmente chamada de “reteté”, que é vista por muitos fiéis pertencentes a denominações que se enquadram nessa linha litúrgica como evidência da manifestação divina.
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A conselheira de casais e blogueira Dani Marques publicou um artigo em que o reteté é comparado aos rituais de religiões de matriz africana, como candomblé e umbanda, por exemplo.
A comparação se dá pelo fato de haverem, em algumas situações, rituais que muito se assemelham aos das religiões mencionadas. Em seu texto, Dani faz uma breve introdução sobre o assunto, antes de discorrer sobre a comparação e criticar tais práticas.
-As manisfestações do Espírito precisam obrigatoriamente vir acompanhadas de “reteté”? Bom, já tive as minhas experiências sobrenaturais, mas acho preocupante a maneira como muitos cristãos lidam com essa questão. Alguns são tão dependentes das chamadas “manifestações do Espírito”, que chegam a acreditar que Deus não esteve presente ou não agiu quando elas não acontecem. Desculpe, mas tenho que dizer que isso não condiz com a Palavra. A maior evidência de que um indivíduo está cheio do Espírito, é quando manifesta em sua vida o caráter de Cristo e não quando sapateia, dança, grita e rodopia. A plenitude do Espírito Santo é uma ordem de Deus e não é privilégio de alguns, mas de todos os que creram e receberam Jesus em suas vidas, diz a Palavra. O Espírito Santo habita em nós 24 horas por dia e 7 dias por semana, e não precisa ser invocado para se manifestar. O mover e as manifestações acontecem à todo momento na vida da pessoa que caminha em verdadeira comunhão com Deus – conceitua a blogueira.
Por testemunhar pessoalmente, segundo o texto, cultos em que o “reteté” pautou a ordem litúrgica, Dani condena os excessos que muitas vezes acontecem em igrejas evangélicas pentecostais: “Já presenciei manifestações no meio evangélico semelhantes às reuniões de umbanda e candomblé, repletas de rituais, invocações, frases prontas, mantras, danças e movimentos que mais se assemelham a incorporações. Cheguei a ouvir uma pessoa dizendo: ‘Tô vendo aqui na igreja a mesma coisa que via lá no espiritismo’”, relata a blogueira, que completa citando outras práticas estranhas ao Novo Testamento: “Sem contar as ‘bizarrices’ que encontramos por aí: paletó que derruba gente, fogueira santa, bota de cobra piton para pisar no diabo, mão gigante para ser tocada, anjos massageadores, unção do leão, do pião e por aí vai… Para essas pessoas, a fé pura e simples não é suficiente, por isso constroem seus próprios ‘bezerros de ouro’. Elas precisam tocar, sentir e ver! Esquecem que a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”, observa, fazendo referência ao “cair no espírito”, outro fenômeno pentecostal contemporâneo.
Citando a carta do apóstolo Paulo aos Gálatas, Dani Marques ressalta que os efeitos da Palavra de Deus são outros: “O andar no Espírito está muito longe disso: ‘Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei… Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito’. Gálatas 5:22-25”.
Entretanto, Dani Marques pondera que as manifestações do Espírito Santo são livres e independentes de explicações racionais: “Como disse anteriormente, sei que o Espírito Santo de Deus, que habita em nós, pode se manifestar de formas que pareçam estranhas aos olhos humanos, eu creio!”, diz, antes de voltar a frisar que existem excessos: “A questão aqui é outra. Estou falando de pessoas dependentes dessas manifestações: ‘Se não houve ‘reteté’ é porque o Espírito não agiu!’, ‘Se não orou em línguas é porque não foi batizado’ [...] Gente, desculpe a minha sinceridade, mas pra mim isso não passa de idolatria ao ‘mover’, e não tem absolutamente nada a ver com o Evangelho puro e simples de Jesus”.
-Vamos fazer um pequeno teste: imagine se você tivesse que passar o resto da vida sem presenciar ou sentir uma manifestação sobrenatural de Deus, se sentiria completo? Cheio do Espírito? Se a sua reposta for ‘não’ ou ‘talvez’, é bom começar a se preocupar – desafia a blogueira.
O texto ainda parafraseia um conceito pregado pelo reverendo Caio Fábio a respeito de eventuais causas dos fenômenos “reteté” e “cair no espírito”, que ocorrem nos cultos pentecostais.
-Caio Fábio disse acertadamente: “O justo vive pela fé, não por emoções e sensações. As emoções podem ser desastrosas quando tomam o comando da vida. Por trás de todas as maluquices da religião, há pessoas emocionalmente desequilibradas, e que confundem suas emoções com a vontade de Deus ou manifestações do Espírito. Para essas pessoas, o Espírito Santo é concedido pelo esforço humano, pela sua concentração emocional e pela sua aflição desejosa de Deus, e mais, tem que haver línguas e sinais externos de natureza sobrenatural, pois, para ele, o fruto do Espírito e a presença do Espírito não é amor, alegria, paz, bondade, benignidade, mansidão e domínio próprio, mas sim euforia descontrolada, embriagues dos sentidos, profecias nervosas e muita santaradice…
Confira a íntegra do artigo “Reteté: A Macumba Pentecostal”, de Dani Marques, publicado originalmente no Genizah:

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